Brasília – Os pacientes que sofrem com o Alzheimer terão mais uma opção de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento “Memantina” foi adicionado nesta quinta-feira (09/11), pelo Ministério da Saúde e estará à disposição da população em até 180 dias nas unidades de saúde do país. O novo remédio, que será ofertado em comprimidos, promove melhor qualidade de vida dos pacientes vítimas da doença, que afeta um terço da população idosa.
A inclusão do medicamento na rede pública ocorreu após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) em julho deste ano. “A incorporação é uma luta antiga de representantes e pacientes que sofrem com a doença. É uma conquista significativa que influenciará favoravelmente na qualidade de vida dos doentes e cuidadores”, afirmou Marco Fireman, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
O mal de Alzheimer atinge 33% da população com mais de 85 anos de idade. No Brasil, estima-se que haja 1,1 milhão de pessoas com a doença. O Alzheimer é neurodegenerativo, causado pela morte progressiva de células do cérebro, prejudicando funções como memória, atenção e orientação e linguagem, o que gera graves consequências para qualidade de vida dos pacientes.
Outros 17 medicamentos
Além do farmaco destinado aos portadores de Alzheimer, o governo incorporou para oferta gratuita do Sistema Único de Saúde (SUS) 17 novos medicamentos este ano. Entre os destaques está a inclusão do Trastuzumabe aos pacientes com câncer metastático de mama, em primeira linha de tratamento. Atualmente, são atendidos com o medicamento, no sistema público, 3.935 pacientes. O diagnóstico inicial é feito pelo exame de mamografia.
A substância Levetiracetam, usada no tratamento de convulsões em pacientes com microcefali, e a insulina análoga para crianças, que controla os níveis de glicemia no sangue também oram incluídos.
Veja a lista completa de medicamentos incorporados em 2017
Fumarato de dimetila : Da esclerose múltipla remitente recorrente após falha com betainterferona ou glatirâmer
Fingolimode: Da esclerose múltipla remitente recorrente após falha terapêutica com betainterferona ou glatirâmer
Teriflunomida: Primeira linha de tratamento da esclerose múltipla remitente recorrente
Raltegravir: Primeira linha de tratamento de pessoas vivendo com HIV/Aids
Tenofovir e Entricitabina: Tenofovir associado a entricitabina (TDF/FTC 300/200 mg) como profilaxia pré-exposição (PrEP) para populações sob maior risco de adquirir o vírus da imunodeficiência humana (HIV)
Etravirina: Antirretroviral etravirina 200 mg para o tratamento da infecção pelo HIV
Mesilato de rasagilina e levodopa: Mesilato de rasagilina em combinação com levodopa para o tratamento de pacientes com doença de Parkinson com complicações motoras
Levetiracetam: Terapia adjuvante em pacientes com epilepsia mioclônica juvenil resistentes à monoterapia
Laronidase : Terapia de reposição enzimática na mucopolissacaridose tipo I
Associação de sulfato de polimixina B 10.000 UI, sulfato de neomicina 3,5 mg/mL, fluocinolona acetonida 0,25 mg/mL e cloridrato de lidocaína 20 mg/mL
Medicamentos tópicos para Otite Externa Aguda
Levetiracetam: De convulsões em pacientes com microcefalia
Trastuzumabe: Do câncer de mama HER2-positivo metastático em primeira linha de tratamento
Insulinas análogas: De ação rápida para Diabetes Mellitus Tipo 1
Certolizumabe: Certolizumabe pegol para o tratamento da doença de Crohn, de moderada a grave
A lista completa com os medicamentos cobertos pelo Sistema Único de Saúde está disponível em: Lista completa de medicamentos essenciais
Matéria: O Dia