ORIENTAÇÕES PARA AGENTE DA PASTORAL DA SAÚDE E MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA COMUNHÃO EUCARÍSTICA – PANDEMIA CORONAVÍRUS – COVID 19

“Todos nós somos um vaso de barro,
frágil e pobre, mas é imenso o tesouro
que nele trazemos”. Papa Francisco

A Pastoral da Saúde Nacional, preocupada em prestar solidariedade aos irmãos enfermos e ao mesmo tempo preservar a saúde dos Agentes da Pastoral, vem prestar esclarecimentos sobre os alguns cuidados a serem tomados durante a assistência espiritual aos enfermos, bem como em relação à distribuição da Santa Eucaristia em unidades de saúde ou domicílios durante a pandemia do COVID 19.

Em conformidade com as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB, fica a critério de cada Arqui(Diocese) decidir o momento de retomar essas atividades, levando-se em consideração as orientações das autoridades sanitárias de cada localidade. No entanto, sabemos que nesse momento em que muitos irmãos sofrem com o acometimento dos familiares por essa nova doença e também com as demais que não deixaram de existir, a oração, a visita fraterna e a Santa Eucaristia são, sem dúvida, um conforto para quem sofre.

Com o objetivo de preservar a saúde dos irmãos que desenvolvem esses valiosos trabalhos como Agentes da Pastoral da Saúde, nas comunidades onde atuam, seguem alguns pontos que devem ser observados:

Os Agentes da Pastoral da Saúde que pertencerem a algum grupo de risco para a COVID- 19, não deverão realizar atividades que tenham contato com outras pessoas, e deste modo manter o distanciamento social indicado pelas autoridades competentes.

Os agentes que pertencem ao grupo de risco poderão desenvolver atividades por meios de tecnologia (Telefone, WhatsApp, Skype e outros meios) onde será possível fazer breve oração, ler um trecho da Bíblia Sagrada e dar uma palavra de conforto e esperança aos irmãos que sofrem

Atenção especial para os Agentes da Pastoral da Saúde/Ministros
extraordinários da Comunhão Eucarística:

SOLICITAÇÃO:

Para que haja uma melhor organização e seja possível a assistência solicitada, pede-se que um familiar entre em contato com a secretaria paroquial/padre passando as informações necessárias sobre o enfermo: localização, contato, horários, sacramento que deseja receber, etc.

ABORDAGEM NA VISITA DOMICILIAR

  1. O Agente/Ministro fará o contato com o familiar/solicitante, combinando qual o melhor horário da visita e a preparação do ambiente. Se possível, solicitar que todos os ambientes da casa mantenha-se arejados. Não é permitido dar a comunhão nas seguintes circunstâncias: pessoas em coma, pessoas que não podem deglutir, pessoas com constante respiração assistida, risco de vômito, febre alta e pessoas com intolerância severa ao glúten;
  2. Deve-se verificar se o enfermo deseja fazer antes a confissão junto ao padre;
  3. Para levar a comunhão deve-se recomendar à família que, se possível, prepare uma mesinha com uma toalha branca, uma vela, um crucifixo e um copo com água filtrada. Em caso de não ser possível dispor da toalha branca, higienizar com álcool em gel 70%, a mesa ou a superfície onde colocará as alfaias e objetos litúrgicos;
  4. O Agente/Ministro, quando for levar a Eucaristia para os Enfermos, deve estar devidamente trajado, usando roupas adequadas e bem higienizadas para fazer a visita, não esquecendo das precauções como o uso de máscara. Não utilizar acessórios ou adereços(relógio, brincos, anéis etc), intensificando a higiene das mãos (se não houver sujeira aparente utilizar álcool em gel 70%, se houver sujeira aparente lavar com água e sabão e depois utilizar álcool em gel);
  5. As alfaias e objetos litúrgicos (Bolsa do Viático, Corporal, Sanguíneo e Teca) após a distribuição da comunhão ao enfermo deverão ser higienizados. Usualmente o agente/ministro realiza a purificação da teca logo após a distribuição da eucaristia ao enfermo fazendo uso de água filtrada e consumindo, porém nesse momento de pandemia coronavirus Covid-19 aconselha-se colocar a água diretamente na planta evitando beber.
  6. O agente/ministro ao chegar ao domicílio do enfermo, deverá executar todas as medidas de higienização das mãos e troca da máscara antes do atendimento. Não entrar na casa com o calçado, antes de higienizá-lo com uma solução de hipoclorito de sódio. Ao retornar para sua casa deverá repetir os mesmos cuidados;
  7. O uso de máscara é obrigatório (evitar tocar na máscara e principalmente nos olhos, nariz e boca), sempre que for manusear a máscara deverá fazê-lo pegando pelas alças(elásticos). Ficar atento para o descarte correto da máscara descartável ou higienização adequada da máscara de pano;
  8. Não ter contato direto com os enfermos ou familiares: abraços, aperto de mão etc. Evitar tocar nos móveis/objetos que o enfermo possa ter tocado. (o vírus pode permanecer nos móveis/objetos por um longo período);
  9. Redobrar os cuidados quando o enfermo for idoso, hipertenso, diabético, imunussuprimidos ou portador de outras doenças crônicas, pois os mesmos pertencem ao grupo de risco para a COVID 19;
  10. Fazer o rito da comunhão o mais breve possível de acordo com as orientações do padre, zelando pela dignidade do culto eucarístico e de tudo que lhe diz respeito;
  11. Caso o Agente/Ministro esteja com alguns sinais ou sintomas(febre, tosse, coriza, dor na garganta etc.), não deverá realizar as visitas.

ELABORAÇÃO

  1. Dom Roberto Francisco Ferrería Paz – Diocese de Campos,
  2. Padre. Mauricio Gris – Arquidiocese de São Paulo,
  3. Alex Motta – Diocese de Campos,
  4. Antonio Pitol – Arquidiocese de Maringá,
  5. Sebastiana Tiburcio – Arquidiocese Vitória da Conquista,
  6. Marcia Zambrim – Arquidiocese de Londrina,
  7. Marlene Masaro – Arquidiocese de Porto Velho

Junho de 2020.

Dom Roberto Francisco Ferrería Paz – Bispo Diocese de Campos
Referencial da Pastoral da Saúde Nacional – CNBB

Alex Gomes da Motta – Coordenador
Pastoral da Saúde Nacional – CNBB

Pe. Mauricio Gris – Assessor Eclesiástico
Pastoral da Saúde Nacional – CNBB

Para acessar o documento original, clique no link a seguir: https://drive.google.com/file/d/16d55VzjzqqcxAptgXiHoj5fhImkH0rGJ/

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