Pastoral da Saúde participa o 9º SIMBRAVISA, através do Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde-CIVS do Conselho Nacional da Saúde-CNS, na qual a pastoral ocupa sua representatividade no conselho através do Alex Motta, conselheiro nacional de saúde.
Oficina no 9ª Simbravisa debateu estratégias de integração com conselheiros e trabalhadores da saúde
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) promoveu nesta terça (21) a oficina “Vigilância em Saúde, Imunização e Controle Social: Integrando o cuidado em saúde”, compondo a programação do 9° Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária – Simbravisa, em João Pessoa (PB). A atividade foi uma iniciativa das comissões intersetoriais de Vigilância em Saúde (Civs) e Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf) do CNS, contando com representantes das comissões e convidados da Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS), Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Projeto Integra e conselhos de saúde do estado e municípios.
A oficina teve objetivo de qualificar o trabalho conjunto do Controle Social e da Vigilância em Saúde, discutindo estratégias para ampliação da cobertura vacinal nos territórios. O público da oficina foi composto por pessoas conselheiras e trabalhadores da saúde, que ouviram as saudações da mesa de abertura e depois foram divididos em diferentes grupos focais, onde foram debatidos temas como hesitação vacinal, a partir da experiência local dos participantes.
Entre iniciativas levantadas, destacam-se a importância do diálogo, da comunicação e do trabalho intersetorial para engajamento da população na vacinação. Maria da Costa Santos, representante do conselho municipal de saúde de Barcarena-PA, relatou a dificuldade do município em relação à vacinação. “Só conseguimos a adesão da população depois de convencer líderes religiosos a se vacinar”, exemplificou.
A atividade faz parte do projeto de implantação de comissões de Vigilância em Saúde nos conselhos estaduais e municipais. “Vocês serão os grandes protagonistas da implantação desse projeto. Queremos saber o entendimento de vocês sobre o assunto, e como tornar isso uma realidade”, destacou o conselheiro e representante da Civs, Alex Motta.
Fernando Lelis, representante da Opas/OMS, destacou em sua fala a importância da atuação de cada ente e instância representativa para reverter o quadro de queda nas coberturas vacinais. “Não é fazer o papel do governo. É cobrar, fiscalizar e contribuir com o gestor. Sabendo que cada um tem seu devido papel dentro do sistema”, afirmou.
O ex-presidente do CNS e atual coordenador-geral de Articulação da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ronald dos Santos, destacou o momento oportuno para incentivar a participação social no território, destacando os resultados do Plano Plurianual Participativo, iniciativa do Governo Federal. “O PPA Participativo teve mais de 4 milhões de acessos e mais de 8 mil propostas. É uma demonstração que é essa agenda que mobiliza, é a agenda que dialoga, que atende as necessidades da população.”
Fernanda Manzini, representante do Integra (parceria entre CNS, Instituto Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENFar) e Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz), lembrou que a Política Nacional de Vigilância em Saúde e Política Nacional de Assistência Farmacêutica foram ambas formuladas a partir da atuação do Controle Social. “Essas políticas vieram de conferências e expressam as necessidades. Precisamos celebrar essas vitórias”.
A organização da oficina ainda divulgou o lançamento de uma cartilha que irá subsidiar o trabalho de conselhos na implantação das comissões de vigilância, com publicação prevista para o próximo mês.
Ascom CNS
Matéria: CNS