Em pleno outubro missionário, a Pastoral da Saúde CNBB Regional Nordeste 2, trouxe para seus integrantes a possibilidade de se capacitarem em um encontro repleto de temáticas que exploraram um olhar humanizado sobre o próximo. Esse foi o primeiro grande encontro da Regional após a pandemia, marcando o comprometimento com a Missão de Jesus.
Apesar de termos encarado um terrível mal que obscureceu o mundo com a morte, mal este chamado de Covid, celebramos ao longo do Congresso, a esperança, a compaixão e a alegria do encontro.
Durante os dias em que passamos reunidos, a Pastoral refletiu sobre como é importante o outro, sua história e suas ações. As abordagens dos palestrantes nos fizeram refletir importantes conceitos, tais como a participação na comunidade, escuta e discernimento, apoio espiritual e emocional, solidariedade e humanização com a saúde e estas abordagens nos fortaleceram para encarar novos desafios de uma Igreja Urbana, ou seja, a pastoral deve lidar com os acessos limitados ao serviço de saúde, o isolamento social, a falta de recursos e os desafios de mobilização de voluntários. Os temas nos ajudaram a perceber que os agentes pastorais não podem dirigir o carro da história com os olhos voltados apenas para o retrovisor, mesmo sabendo que voltar ao passado é aprender a caminhar para proporcionar uma nova abordagem para velhos problemas e na jornada pela vida, a Pastoral em saída esteve presente em cada reflexão e questionamento, como prova de nosso amadurecimento e engajamento na missão para edificar nossas ações, percebendo as demandas do bairro ou da comunidade paroquial.
As propostas abordadas no Congresso acenderam um enorme farol de novas oportunidades para o serviço nas paróquias, emanando a vivência da comunhão entre agentes e a comunidade. A Igreja, segundo o documento de Aparecida, não pode ficar invisível aos novos tempos, por isso, esse tempo em que paramos para refletir, nos proporciou a encarar novas demandas, nos encorajando para que possamos ser promotores da consciência cristã dentro da linha sociotransformadora, onde a ligação da fé e vida nos indica um horizonte de libertação.
O Congresso também evidenciou a possibilidade de sermos chamados a exaltar nossos talentos e dons e por isso, celebramos juntos o cuidado com o outro. O Papa Francisco nos alerta para que possamos ter discernimento pois torna-se necessário o compromisso de longo prazo em favor da justiça social e da solidariedade com os mais vulneráveis, ou seja, a opção preferencial pelos pobres é fundamental porque defende a igualdade, a justiça e a solidariedade, além de lembrar a importância da dignidade e do respeito a todas as pessoas. Ela desempenha um papel vital na construção de uma sociedade mais justa e compassiva.
Palmares nos encorajou a não termos um coração enrrigecido e vaidoso, mas, caloroso e pronto para amar sem medidas para com os pobres e idosos, no entanto, foi explicito em nos alertar sobre um mundo competitivo e individualista, onde somos chamados para agirmos com compaixão, ou seja, ajudar na cura, no conforto e na consolação e esses aspectos ajudaram a nos transformar, pois onde houver sofrimento, fragilidades ou limitações, ali estaremos para com paixão darmos o sinal de esperança comunitária.
O encontro realizado em Palmares nos mostrou o caminho que mesmo diante das cruzes da vida, das dificuldades da estrada, ficar apático a beira do caminho é experênciar a derrota e a desesperança.
Não podemos esquecer que é no caminho que Deus se revela, assim como ocorreu em Emaús, e ao longo do encontro ele se revelou em todos os momentos. Por tanto, à medida que continuamos a buscar a excelência na prestação de cuidados da saúde, não devemos esquecer o valor da empatia e da solidariedade e devido a isso, chegou a hora de ter coragem de nos levantarmos e nos colocarmos na estrada, trilhando com fé, para levarmos a esperança e compaixão, avançando sempre com o olhar fixo no caminho de Jesus.
Pascom Pastoral da Saúde CNBB Regional Nordeste 2