Reflexões e Lições Aprendidas no XIV Congresso de Humanização e Pastoral da Saúde CNBB Regional Nordeste 2 (2023) com o tema, Jesus e a Pessoa Enferma: Encontro de Fé

Em pleno outubro missionário, a Pastoral da Saúde CNBB Regional Nordeste 2, trouxe para seus integrantes a possibilidade de se capacitarem em um encontro repleto de temáticas que exploraram um olhar humanizado sobre o próximo. Esse foi o primeiro grande encontro da Regional após a pandemia, marcando o comprometimento com a Missão de Jesus.

Foto 1 – Assembleia reunida para o início dos trabalhos

Apesar de termos encarado um terrível mal que obscureceu o mundo com a morte, mal este chamado de Covid, celebramos ao longo do Congresso, a esperança, a compaixão e a alegria do encontro.

Durante os dias em que passamos reunidos, a Pastoral refletiu sobre como é importante o outro, sua história e suas ações. As abordagens dos palestrantes nos fizeram refletir importantes conceitos, tais como a participação na comunidade, escuta e discernimento, apoio espiritual e emocional, solidariedade e humanização com a saúde e estas abordagens nos fortaleceram para encarar novos desafios de uma Igreja Urbana, ou seja, a pastoral deve lidar com os acessos limitados ao serviço de saúde, o isolamento social, a falta de recursos e os desafios de mobilização de voluntários. Os temas nos ajudaram a perceber que os agentes pastorais não podem dirigir o carro da história com os olhos voltados apenas para o retrovisor, mesmo sabendo que voltar ao passado é aprender a caminhar para proporcionar uma nova abordagem para velhos problemas e na jornada pela vida, a Pastoral em saída esteve presente em cada reflexão e questionamento, como prova de nosso amadurecimento e engajamento na missão para edificar nossas ações, percebendo as demandas do bairro ou da comunidade paroquial.

Foto 2 – Foto do último dia de Congresso onde os agentes participaram da Santa Missa na
Catedral de Palmares (Paróquia Nossa Senhora da Conceição dos Montes)

As propostas abordadas no Congresso acenderam um enorme farol de novas oportunidades para o serviço nas paróquias, emanando a vivência da comunhão entre agentes e a comunidade. A Igreja, segundo o documento de Aparecida, não pode ficar invisível aos novos tempos, por isso, esse tempo em que paramos para refletir, nos proporciou a encarar novas demandas, nos encorajando para que possamos ser promotores da consciência cristã dentro da linha sociotransformadora, onde a ligação da fé e vida nos indica um horizonte de libertação.

O Congresso também evidenciou a possibilidade de sermos chamados a exaltar nossos talentos e dons e por isso, celebramos juntos o cuidado com o outro. O Papa Francisco nos alerta para que possamos ter discernimento pois torna-se necessário o compromisso de longo prazo em favor da justiça social e da solidariedade com os mais vulneráveis, ou seja, a opção preferencial pelos pobres é fundamental porque defende a igualdade, a justiça e a solidariedade, além de lembrar a importância da dignidade e do respeito a todas as pessoas. Ela desempenha um papel vital na construção de uma sociedade mais justa e compassiva.

Foto 3 – Despedida consciente de missão cumprida

Palmares nos encorajou a não termos um coração enrrigecido e vaidoso, mas, caloroso e pronto para amar sem medidas para com os pobres e idosos, no entanto, foi explicito em nos alertar sobre um mundo competitivo e individualista, onde somos chamados para agirmos com compaixão, ou seja, ajudar na cura, no conforto e na consolação e esses aspectos ajudaram a nos transformar, pois onde houver sofrimento, fragilidades ou limitações, ali estaremos para com paixão darmos o sinal de esperança comunitária.

O encontro realizado em Palmares nos mostrou o caminho que mesmo diante das cruzes da vida, das dificuldades da estrada, ficar apático a beira do caminho é experênciar a derrota e a desesperança.

Não podemos esquecer que é no caminho que Deus se revela, assim como ocorreu em Emaús, e ao longo do encontro ele se revelou em todos os momentos. Por tanto, à medida que continuamos a buscar a excelência na prestação de cuidados da saúde, não devemos esquecer o valor da empatia e da solidariedade e devido a isso, chegou a hora de ter coragem de nos levantarmos e nos colocarmos na estrada, trilhando com fé, para levarmos a esperança e compaixão, avançando sempre com o olhar fixo no caminho de Jesus.

Pascom Pastoral da Saúde CNBB Regional Nordeste 2

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