Há décadas, desde 1981, a Igreja Católica escolheu agosto, como o mês vocacional. Assim descreve o site da CNBB:
“Neste mês de agosto de 2025, a Igreja no Brasil celebra o Mês Vocacional em sintonia com o Ano Jubilar. Trata-se de um tempo especial para a escuta de Deus, o discernimento pessoal e a renovação do compromisso com a vocação recebida. O tema deste ano — “Peregrinos porque chamados” — inspira-se na caminhada de fé do cristão, que vive em constante busca e resposta ao chamado de Deus. O lema, retirado da Carta de São Paulo aos Romanos, “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5), recorda que toda vocação nasce do amor gratuito de Deus e se sustenta na esperança ativa”.
A esperança nos impulsiona e nos faz livres e atentos aos apelos do chamado divino. Deus chama e a pessoa responde, com liberdade e generosidade. Logo, a palavra vocação indica chamado e resposta.
A partir do Concílio Ecumênico Vaticano II, amplia-se o sentido do chamado divino. Não mais restrito a um grupo de pessoas, mas a todos os fiéis cristãos. O chamado de Deus é a vocação universal à santidade:
“O Senhor Jesus, mestre e modelo divino de toda a perfeição, pregou a todos e a cada um de seus discípulos, de qualquer condição que fossem, a santidade de vida, de que ele próprio é autor e consumador: ‘Sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste’ (Mt 5,48)” (LG 40).
O Diretório de Liturgia (CNBB) orienta que o mês de agosto, conforme o costume da Igreja no Brasil, é dedicado à oração, à reflexão e à ação nas comunidades, concernente ao tema das vocações. Por isso, lembra-se, em cada semana desse mês, uma determinada vocação, a saber:
- 1ª semana: vocação para ministério ordenado: diáconos, padres e bispos;
- 2ª semana: vocação para a vida em família (atenção especial aos pais);
- 3ª semana: vocação para a vida consagrada: religiosos(as) e consagrados(as) seculares;
- 4ª semana: vocação para os ministérios e serviços na comunidade.
- Último domingo de agosto: Dia Nacional do Catequista.
Portanto, somos todos convidados a rezar pelas vocações e, assim, que a graça de Deus sustente a fidelidade dos ministros ordenados, dos vocacionados à vida religiosa consagrada e seja fecundo o ministério laical, com leigos comprometidos com a missão de ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-16).
Muito oportuna é a admoestação do apóstolo Pedro a todas as vocações:
“Por isso, irmãos, esforçai-vos por consolidar vossa vocação e eleição. Se agirdes assim, não tropeçareis” (2Pd 1,10).
De igual modo, o apóstolo Paulo, depois de chamar a atenção de que cada um de nós recebeu a graça na medida do dom de Cristo, explica:
“A uns nomeou apóstolos, a outros profetas, evangelistas, pastores e mestres para a formação dos consagrados na obra confiada, para construir o corpo de Cristo” (Ef 4,11-12).
Aproveitemos o “Mês Vocacional” para refletir, de modo especial, sobre as diversas vocações na Igreja, apoiando os jovens no seu discernimento vocacional e rezar pela sua escolha e decisão.
[Pe. Gilmar Antônio Aguiar, MI – Assessor Eclesiástico da PSN]
Imagem: gerado por ChatGPT em 07/08/2025
Quero ser cada dia mais um pessoa, e poder ajudar meu próximo!