Muitas iniciativas e celebrações para o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Na Itália, o tema principal é o dos primeiros socorros. O Papa na audiência aos voluntários de 27 de janeiro: “sejam como o Bom Samaritano”
Cidade do Vaticano
Por mais de 150 anos, em 8 de maio se festeja o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, no dia do nascimento de seu fundador, Henry Dunant. É um momento de festa, dedicado aos 17 milhões de voluntários em todo o mundo (150 mil na Itália), durante o qual as 190 Sociedades Nacionais de cada Estado se ativam para aproximar os cidadãos ao movimento da Cruz Vermelha e tornar conhecidas as atividades da maior Associação humanitária do mundo.
Salvar vidas
Muitas as iniciativas nesta terça-feira, não só comemorativas e institucionais, mas também culturais e formativas. Particularmente na Itália, amplo espaço é dado ao tema Primeiros Socorros “Como salvar uma vida com práticas simples”: a intenção é sensibilizar a população sobre algumas noções fundamentais para poder intervir em caso de necessidade, especialmente em ações de salva-vida pediátricas.
Voluntário, Bom Samaritano
Neste dia, os voluntários de todo o mundo recordam as palavras que o Papa dirigiu a eles em 27 de janeiro último, quando encontrou a CRI na Sala Paulo VI. “A missão do voluntário, chamado a inclinar-se sobre o necessitado e a prestar-lhe ajuda de maneira amorosa e desinteressada – disse Francisco -, recorda a figura evangélica do Bom Samaritano”, que não submete o homem ferido, necessitado, a exames preventivos “não o julga e não subordina sua ajuda a prerrogativas morais ou religiosas. Simplesmente alivia suas feridas “.
Humanidade e imparcialidade
O Papa concentrou-se nos princípios inspiradores da organização, também consagrados no Estatuto: humanidade, imparcialidade e neutralidade, enfatizou o Pontífice, são fundamentais para coordenar e globalizar os esforços de socorro nas mais diversas situações, desde terremotos, desastres naturais até intervenções no mar para o resgate de migrantes.
Estas três palavras sejam sempre o significado da sua missão: a construção de um entendimento mútuo entre pessoas e povos e o nascimento de uma paz duradoura, que pode basear-se somente num estilo de cooperação, a ser encorajado em cada âmbito humano e social, e em sentimentos de amizade. Quem, de fato, olha para os outros com os óculos da amizade, e não com as lentes da competição ou do conflito, torna-se o construtor de um mundo mais vivível e humano.
A memória dos “mártires”
O pensamento do Papa e do mundo de hoje é também para aqueles que perderam suas vidas no exercício de sua missão de ajuda:
“Na verdade eles não perderam, não, eles não perderam: eles a doaram! Eles são seus mártires, eles são seus mártires. E Jesus nos diz que não há amor maior do que dar vida pelos outros”.
Créditos: Vatican News